Há alguns anos, a ciência tem avançado na descoberta e aperfeiçoamento de pesquisas voltadas ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O autismo, para quem não sabe, é uma disfunção do cérebro onde o comportamento social, a capacidade de comunicação e o raciocínio não se desenvolvem normalmente.
O TEA afeta a assimilação sensorial e provoca nos sujeitos uma super reação a certas sensações, como sons e odores, e uma sub-reação a outras. E embora muitas pessoas associem a condição apenas a crianças, o autismo acompanha o sujeito por toda a vida.
Logo, a preocupação com o tratamento é algo constante. E neste sentido, vale destacar os resultados positivos que a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) tem apresentado, por meio de procedimentos e estudos que visam a resolução de problemas que atingem os aspectos sociais dos indivíduos.
O que é ABA?
Em primeiro lugar, é importante lembrarmos que ABA não é apenas um método, uma intervenção ou prática psicológica.
Do inglês Applied Behavior Analysis, a Análise do Comportamento Aplicada é uma ciência que nasce na Análise de Comportamento e que é fundamentada em dados de pesquisas básicas e aplicadas, sustentada por pilares testados sistematicamente.
Essa abordagem vem se destacando pela eficiência em alterar comportamentos socialmente relevantes, por meio da redução de déficits comportamentais.
Isso acontece através do desenvolvimento de habilidades e da redução dos excessos comportamentais. Não à toa, a ABA vem sendo frequentemente relacionada ao tratamento do TEA.
Como a ABA é aplicada no tratamento do Transtorno do Espectro Autista?
As terapias baseadas na ABA procuram estabelecer uma análise detalhada dos comportamentos do sujeito. Aqui, o foco é observar tanto os aspectos comportamentais que estão em déficit quanto aqueles que apresentam excesso.
O desenvolvimento de habilidades compreende o contato visual, a comunicação funcional, os comportamentos acadêmicos, pré-requisitos para leitura, escrita e matemática e atividades da vida diária, como a higiene pessoal.
Por outro lado, há estratégias utilizadas para a redução de comportamentos inadequados, como agressões, estereotipias, autolesões, agressões verbais e fugas de atividades.
A partir da observação realizada, o terapeuta procura direcionar as intervenções para as demandas apresentadas pelo paciente. Para cada sujeito, há um plano a ser ofertado.
Além disso, os planos são reavaliados com periodicidade, a fim de verificar os resultados já obtidos.
Vida adulta e infantil com autismo e terapias baseadas na ABA
A Análise do Comportamento Aplicada tem apresentado benefícios tanto para adultos quanto para crianças.
Nos pequenos, a terapia contribui para o entendimento do espectro autista; promove a interação social; o aumento da percepção dos sentidos – como paladar, audição e visão; o aumento da autonomia e independência; o desenvolvimento de novas habilidades e o aperfeiçoamento do autocuidado.
Os adultos, por sua vez, percebem melhoras nas suas habilidades de comunicação e interação social; conseguem desenvolver habilidades profissionais específicas, como aprender a lidar com ambientes de trabalho; conseguem promover sua independência e a gerenciar sua saúde mental.
A ABA também é eficaz nesse último ponto, ajudando adultos com TEA a lidarem com problemas como ansiedade e depressão, por meio do desenvolvimento de estratégias de enfrentamento e promoção do bem-estar emocional.
O resultado, em qualquer idade, é o desenvolvimento de habilidades e a melhora da qualidade de vida do autista. Lembrando que, para surtir o efeito desejado, todos os familiares e amigos da pessoa autista precisam se envolver e reforçar as atitudes e habilidades que estão sendo desenvolvidas.
Na ABA, o reforço é um dos principais pilares para a promoção da autonomia e da independência do sujeito, especialmente em crianças, já que estimula o olhar e a memória para o que, de fato, está sendo ensinado.
A Unimed Alto Uruguai conta com o Centro de Atendimento ao Desenvolvimento da Infância e Adolescência (SER CADIA) especializado em cuidados para pacientes com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e outros transtornos do desenvolvimento da linguagem e neuropsicomotor.
Adotando a abordagem ABA (Análise do Comportamento Aplicada), a equipe multidisciplinar é composta por profissionais altamente qualificados, incluindo médicos, psicólogos analistas do comportamento, atendentes terapêuticos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.
No SER CADIA, você terá acesso a um atendimento individualizado e especializado, que irá ajudá-lo a alcançar seu pleno potencial, independentemente da sua idade.
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Unimed Alto Uruguai/RS
