Você já deve ter ouvido falar em pré-diabetes. Essa condição clínica é bastante frequente entre os brasileiros e indica que o paciente está num estágio anterior ao desenvolvimento do diabetes tipo 2.
É neste período em que os sinais da doença crônica começam a se manifestar e onde é importante obter o diagnóstico, para que o quadro possa ser revertido, especialmente com a mudança de hábitos.
Por que o pré-diabetes requer atenção?
Embora o pré-diabetes não signifique que o paciente tem a doença, essa condição demonstra que ele está numa situação intermediária entre estar saudável e ter o diabetes mellitus tipo 2 – uma doença crônica que não tem cura.
Também chamado de estado de intolerância à glicose, o pré-diabetes ocorre devido aos níveis de açúcar no sangue estarem mais elevados do que o normal.
É uma condição séria, que somente no Brasil atinge cerca de 15 milhões de pessoas, de acordo com uma pesquisa realizada pela Internacional Diabetes Federation (IDF). Séria porque estima-se que 1 em cada 4 pré-diabéticos vão se tornar diabéticos em cinco anos.
São vários os fatores que levam ao pré-diabetes, que é um problema multifatorial, assim como o diabetes. O ganho de peso é um dos principais fatores de risco para essa condição, mas também podemos citar a herança genética, a adoção de uma alimentação hipercalórica e o sedentarismo como causas mais comuns.
Entenda os sintomas do pré-diabetes no corpo
Os sintomas acabam sendo os mesmos apresentados por pacientes com diagnóstico recente de diabetes. No entanto, pode ocorrer de não haver sinais ou de a pessoa não associar os sintomas a um quadro de pré-diabetes.
A polidipsia, ou sede excessiva, é um sintoma comum, assim como a polaciúria, que se manifesta como uma maior frequência de micções, sendo uma consequência da polidipsia.
O paciente também pode se sentir mais cansado, já que a glicose não está entrando nas células. Inclusive, essa falta de glicose afeta a região cerebral, levando a pessoa a ter dificuldades de concentração, memória e outras atividades cognitivas.
E como uma coisa está ligada a outra, a falta de glicose no cérebro também pode levar à queda da pressão arterial e a uma maior propensão a desmaios.
Por fim, outro sintoma comum é a fome excessiva. O indivíduo come mais do que o normal para a sua idade, estatura e porte físico.
Do diagnóstico ao tratamento: como reverter o pré-diabetes
Por meio de exames laboratoriais é possível identificar o pré-diabetes. Uma pessoa é classificada com essa condição quando, ao medir sua glicemia em jejum, atinge entre 100 e 125 mg/dl. Acima dessa faixa, já é considerada diabética.
Para aqueles que receberam o diagnóstico de pré-diabetes, a principal recomendação médica é a mudança de hábitos alimentares, reduzindo o consumo de alimentos com açúcar, gorduras, farinha branca e sal.
Mas o que comer com pré-diabetes?
É indicado o consumo de refeições com verduras de folhas verde-escuras, que combatem o excesso de açúcar concentrado no sangue. Também recomenda-se o consumo de verduras e legumes em geral; grãos integrais; frutas com casca e bagaço; produtos lácteos desnatados, além de gorduras boas.
É necessário eliminar o tabagismo, controlar o consumo de bebidas alcoólicas e adotar a prática de atividades físicas, chegando a, no mínimo, 150 minutos de exercícios no decorrer da semana.
Também é importante evitar ficar longos períodos sentado. A falta de movimento pode elevar os níveis de glicose, inflamação e resistência insulínica.
Além disso, é necessário investir em boas noites de sono e numa rotina com menos estresse. O estresse faz com que o corpo produza cortisol, um corticóide que leva à fome, ao inchaço e ao ganho de gordura em regiões como a barriga. E a gordura abdominal, lembrando, aumenta a inflamação e os triglicerídeos, piorando a resistência insulínica.
Por fim, se o paciente está acima do peso, é necessário trabalhar para reduzir o peso corporal, facilitando o trabalho da insulina dentro do organismo.
Com a adoção de todas as recomendações médicas, o paciente consegue normalizar os níveis de glicemia, impedindo que o pré-diabetes se converta em diabetes.
Lembre-se: é sempre melhor trabalhar com a prevenção! Mantenha seus exames de rotina em dia e procure orientações com o seu médico de confiança.
Compartilhe este artigo em suas redes sociais para que mais pessoas possam estar cientes deste importante assunto!
Leia também:
Cuidar de você. Esse é o plano.
Unimed Alto Uruguai/RS