Juntos pela Vida: Reflexões para o Setembro Amarelo.

O mês de Setembro marca a realização de uma importante campanha, denominada de Setembro Amarelo. Idealizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), essa iniciativa tem o intuito de conscientizar sobre a prevenção do suicídio, chamando a atenção para a saúde mental da população.

Trata-se de um tema sério, que ganha mais ênfase nesse período do ano, mas que deve estar em pauta em todos os meses, para que os aspectos psicológicos recebam a atenção que merecem e para que a realidade que temos – e que é extremamente preocupante – seja revertida. 

Por que se envolver no movimento Setembro Amarelo?

Antes de falarmos sobre sinais de alerta de suicídio, é importante destacarmos por que o movimento é importante e por que devemos falar em saúde mental. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo. Por ano, mais de 1 milhão de pessoas tiram a própria vida em todo o planeta e, somente no Brasil, são registrados mais de 12 mil casos.

Por suicídio entende-se o ato deliberado e executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, utilizando de um meio que acredita ser letal. Fazem parte do chamado comportamento suicida os pensamentos, planos e a própria tentativa de tirar a própria vida. 

Embora o suicídio seja visto de uma forma simplista por muitas pessoas, o ato é a consequência final de um processo, o desfecho de uma série de fatores que se acumulam ao longo da vida da pessoa que, num determinado momento, não se vê mais com forças e ou não vê outra alternativa para continuar vivendo.

Pensando que quase 97% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais, é mais do que necessário falar sobre saúde mental, olhar para as pessoas que nos cercam e os sinais que elas transmitem. 

Fatores de risco para o suicídio 

Como acabamos de falar, muitos casos de suicídio estão relacionados a uma doença mental, como a depressão, o transtorno bipolar e a esquizofrenia. Há casos, também, em que há o abuso de substâncias psicoativas, que também são vistas como fatores de risco para o suicídio.

Pessoas que têm pensamento suicida geralmente são mais solitárias, mas, além desta característica, há uma série de sinais que podem ser observados. A máxima de que “quem quer se matar não fala” está totalmente errada. A pessoa manifesta sinais que são, em muitos casos, pedidos de ajuda. 

Vale ligar o sinal de alerta para pessoas que expressam ideias ou intenções suicidas e que fazem publicações em redes sociais com conteúdos negativistas ou mesmo participam de grupos virtuais que incentivam o suicídio. 

Que tenham atitudes perigosas, como beber descontroladamente ou dirigir sem cuidados; e que estejam isoladas da família, dos amigos, dos grupos sociais.

Pessoas sem planos para o futuro; que manifestam desinteresse com algum evento estressor que esteja acontecendo – como acidente, desemprego ou falência; ou que esteja se “despedindo” através de mensagens, de ligações, merecem atenção. 

Da mesma forma, pessoas que se queixam com frequência da falta de prazer ou sentido da vida, da solidão e de sentimentos de angústia e desconforto.

Identificados os sinais, o que fazer?

O primeiro passo é não julgar ou desqualificar o sentimento da pessoa. Lembre-se que há uma série de fatores que alteram a visão deste indivíduo sobre o mundo e que, consequentemente, impactam no seu processo de decisão. 

Pensar em suicídio não é fraqueza, não é falta de Deus, não é uma forma de chamar a atenção. Nada disso deve ser dito à pessoa. Busque falar de forma carinhosa, ouvir com atenção,  se mostrar interessado nos sentimentos dela.

Tenha empatia, paciência e demonstre preocupação. Se essa pessoa não é da sua família, busque conversar com pessoas próximas a ela, que possam se manter ao seu lado, prestando apoio e ajuda.

Nunca espere alguém dizer que quer se matar para buscar ajuda. Mesmo que os sintomas sejam leves, dê atenção e a direcione para o auxílio profissional. 

Busque ajuda na unidade básica do bairro, no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do município e, em casos mais graves, nos serviços de urgência e emergência, como a UPA 24h. 

Lembre-se, também, que o Centro de Valorização à Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio atendendo de forma voluntária pelo telefone 188. A ligação é gratuita!

Este é o momento de desmitificar as questões de saúde mental, fomentar diálogos abertos e eliminar o preconceito e a discriminação. 

Junte-se à Unimed Alto Uruguai nesta campanha do Setembro Amarelo e vamos construir juntos um futuro onde todos possam buscar ajuda e apoio quando necessário. 

Acreditamos que a compreensão e a solidariedade são essenciais para o bem-estar de todos.

Cuidar de você. Esse é o plano.
Unimed Alto Uruguai/RS 💚 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *