Você já deve ter ouvido falar muito em hepatite, mas sabe o que realmente significa essa condição?
A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser viral – caso das hepatites A, B e C – ou ocasionada por diferentes fatores, como o uso abusivo de álcool e de determinados medicamentos.
O fígado, que é a maior glândula do nosso corpo, está localizado na parte superior do abdômen e é responsável por diversas funções, como filtrar o sangue de micro-organismos e células tóxicas, mantendo reservas de ferro, vitaminas e sais minerais.
Suas funções podem ser prejudicadas diante de uma inflamação, que leva a diferentes tipos de hepatite. Caso a doença não seja tratada a tempo, podem ocorrer danos graves ao fígado, como cirrose hepática e câncer.
Conheça os 10 tipos de hepatite e seus sintomas
Hepatite A:
Um dos tipos mais comuns no Brasil, é causada por um vírus e transmitida via fecal-oral, ou seja, pelo contato ou consumo de alimentos contaminados. Geralmente é assintomática, mas pode apresentar sintomas como enjôo ou vômito, cansaço, tontura, febre, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Hepatite B:
Também causada por um vírus que pode permanecer no organismo da pessoa por até seis meses, sendo capaz de acarretar formas crônicas da doença. A transmissão se dá por meio da mãe, que pode passar para o filho na hora do nascimento; através de relação sexual ou por meio de contato com sangue contaminado. Tipo geralmente assintomático, mas que pode apresentar sintomas como febre baixa, enjoos, dores nas articulações e dor abdominal.
Hepatite C:
Causada por um vírus, cuja transmissão se dá por meio do compartilhamento de objetos, como alicate de manicure, agulhas, lâminas de barbear e aparelhos de depilação, e até mesmo ao fazer uma tatuagem ou colocar um piercing. Há casos mais raros de transmissão por relação sexual. A pessoa pode conviver com a hepatite C por anos até apresentar sintomas como urina escura, pele amarelada, dores abdominais e perda de apetite.
Hepatite D:
Acomete quem já tem o vírus da hepatite B, causando os mesmos sintomas e tendo a mesma forma de transmissão.
Hepatite E:
Tipo raro no País, apresenta sintomas semelhantes à hepatite A, quando surgem. A transmissão se dá por contato com água e alimentos contaminados pelo vírus.
Hepatite F:
Registrada somente em macacos de laboratório até o momento. É causada por um vírus.
Hepatite G:
Tipo mais recente, cuja transmissão se dá por meio do sangue. Comum em pessoas com os tipos B e C.
Hepatite Autoimune:
Tem causa genética e acontece quando o sistema imunológico começa a atacar as células do fígado, reconhecendo-as como algo nocivo. Os principais sintomas são dor abdominal, pele amarelada e náuseas.
Hepatite Medicamentosa:
Causada pelo uso exagerado ou impróprio de medicamentos que causam inflamação no fígado. Os sintomas, quando surgem, correspondem à náusea, vômitos, dor abdominal, coceira na pele, perda de apetite e mal-estar generalizado.
Hepatite Crônica:
É ocasionada quando existe a destruição lenta das células do fígado, que aos poucos se regeneram. Quando isso acontece por longo período, o fígado perde a capacidade de se regenerar, levando a uma cirrose hepática. Em casos graves, há a necessidade de transplante. Entre os sintomas, temos dores nas articulações, mal-estar, febre, fadiga e perda de memória.
Diagnóstico e prevenção
O diagnóstico das hepatites pode ser realizado por um médico hepatologista, gastroenterologista ou clínico geral, por meio da avaliação dos sintomas e exames laboratoriais, que ajudam a avaliar o funcionamento do fígado.
No Brasil, as hepatites mais comuns são a A, B e C. E vale lembrar que existem vacinas para a hepatite A e B, disponibilizadas gratuitamente pelo SUS. Elas são altamente eficazes e, para atingir a máxima eficiência, o esquema vacinal deve ser respeitado.
Preparadas com formalina inativada, as vacinas contra hepatite A apresentam-se sob duas formas, Havrix e Vaqta, estando ambas disponíveis em apresentações para crianças e adultos.
Já a vacina contra hepatite B é produzida a partir da tecnologia recombinante de DNA e apresenta-se em diferentes tipos. Inclusive, já está disponível uma vacina que combina a hepatite A com a hepatite B, chamada de Twinrix®.
Vale também observar as medidas de prevenção quanto aos principais tipos. No caso do tipo A, é importante a adoção de hábitos de higiene, tratamento da água e saneamento básico.
Para a hepatite B, é necessário utilizar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear ou depilar ou material de manicure.
Para prevenção da hepatite C, que não possui vacina, é necessário usar preservativo nas relações sexuais, não compartilhar com outras pessoas objetos que possam ter entrado em contato com sangue ou que tenham sido utilizados para uso de drogas.
Não deixe a hepatite controlar sua vida. Agende agora seu check-up hepático, adote medidas preventivas e vacine-se! Proteja-se, cuide do seu fígado e viva com saúde. O futuro agradece.
Cuidar de você. Esse é o plano.
Unimed Alto Uruguai/RS