É raro quem não tem uma pequena farmácia em casa ou mesmo alguns medicamentos “para emergência” na bolsa.
Neste estoque, é possível encontrar remédios para alívio da dor e da febre, para controle dos sintomas da alergia, antiácidos, anti-inflamatórios e até outros medicamentos mais específicos.
O problema é que, em meio a essa mania de “prevenção”, há os riscos da automedicação.
Medicamentos são substâncias químicas, têm contraindicações, causam efeitos colaterais e podem ainda interagir com outros remédios que a pessoa possa estar utilizando.
Entender os perigos da automedicação – que pode levar a consequências leves, moderadas e até gravíssimas – é o primeiro passo para evitar o uso de medicamentos sem orientação médica.
E é sobre isso que vamos falar neste conteúdo!
Por que as pessoas se automedicam?
Antes de entendermos os motivos, é importante definirmos o que é automedicação. O termo corresponde à prática de administrar um medicamento por conta própria, sem que haja prescrição médica.
Também se enquadra como automedicação o paciente que tem a orientação de um profissional, mas decide mudar a dosagem indicada.
A automedicação acontece porque geralmente a pessoa acha que está tomando um medicamento leve, sem qualquer risco à saúde. Ou então acredita que o sintoma que está sentindo é pontual e não necessita de intervenção médica.
Algumas pessoas veem o uso de medicamentos como uma forma prática de solucionar o problema, já que, por vezes, a consulta com um profissional não é tão simples e rápida de acontecer.
Há também aquelas pessoas que acreditam nas receitas dos pais, dos amigos e dos vizinhos que tiveram problemas semelhantes e resolveram com um “remédio infalível”.
Acontece que os sintomas iniciais de muitas doenças, sejam elas leves ou graves, possuem sintomas semelhantes. E somente um médico pode avaliar a condição do paciente, indicando-lhe o melhor tratamento.
Por que a automedicação deve ser evitada?
Primeiro porque, quando você se automedica, você controla um determinado sintomas, mas mascara o verdadeiro problema. E quando percebe que o medicamento não fez efeito, pode ocorrer de o problema ter se agravado.
Quem utiliza medicamentos por conta própria pode ter reações alérgicas, leves ou mais severas, e pode ter efeitos colaterais intensos. As reações variam em cada pessoa conforme a sensibilidade, suas condições orgânicas e a possível ingestão de outras substâncias.
Outro risco, quando falamos em automedicação, é adquirir resistência a medicamentos. Isso acontece quando a pessoa ingere uma substância frequentemente e o medicamento deixa de fazer efeito no seu organismo.
A dependência química pode ocorrer, assim como a intoxicação – mais comum do que se imagina. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), somente em 2021, foram registrados mais de 91 mil casos de intoxicação medicamentosa no País.
A interação medicamentosa é outro risco da automedicação e acontece quando um paciente toma um remédio sem levar em conta os riscos de sua combinação com outro que está em uso.
Há doenças causadas pela automedicação, a exemplo das doenças hepáticas. A falência hepática, que corresponde à perda das funções do fígado, é uma consequência grave do uso de medicamentos sem orientação médica.
Isso acontece porque o processamento de grande parte dos remédios é feito neste órgão, que pode ser sobrecarregado quando ingerimos uma substância em excesso ou na dose inadequada.
Como evitar a automedicação?
A consulta a um médico continua sendo a melhor maneira de evitar a automedicação e suas consequências.
Mas lembre-se que a consulta ao profissional não deve acontecer apenas quando um problema se manifesta. O acompanhamento periódico é um aliado na prevenção de doenças e na identificação precoce de possíveis problemas.
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Unimed Alto Uruguai/RS